SINOPSE
Três famílias poderosas.
Duas pessoas perdidas entre elas.
Um segredo que ameaça destruir seu legado.
A história de Empires e Kings continua com o próximo episódio dentro do reinado de Palleshi, enquanto Liam Dawson luta para salvar a mulher que ama e trazer paz entre as famílias de uma vez por todas.
Wren
Eu levava uma vida tranquila.
Após a morte inesperada dos meus pais, a vida que eu conhecia mudou irrevogavelmente. Deixei de ser uma garota comum, segura e cercada pela minha extraordinária família amorosa.
Eu estava sozinha, perdida e com medo.
Até que conheci um homem que me deu motivos para acreditar em um futuro que nunca pensei que poderia ter.
Liam Dawson tornou-se meu amigo.
Eu queria confiar nele.
Ele se tornou meu consolo, em uma prisão na qual não conseguia encontrar meu caminho.
Eu queria acreditar que ele poderia me manter segura.
Ele se tornou minha força.
Foi tão fácil me apaixonar por ele.
Então, Liam descobriu a verdade sobre quem eu nunca soube que era.
E eu precisava que ele se tornasse meu salvador.
Devido ao conteúdo, este livro não deve ser lido por menores de 18 anos
A. C. B - Mafia 01- Empires and Kings
PRÓLOGO
VLAD
Minha mão treme com fúria implacável enquanto eu penduro o pesado chicote negro
misturado com sangue fresco, intimamente ao meu lado. Meu peito e costas queimam com
exaustão, doloridos depois de horas de infligir dor contra meu alvo.
Enzen Koslief.
O homem amarrado diante de mim, um traidor de seu próprio povo, pendurado
imóvel por grossas cordas amarrando-o a uma cruz de madeira velha e lascada. Os pés do
vira-casaca balançam abaixo dele. As pontas dos dedos oscilavam através da piscina do
seu próprio sangue, derramado de acordo com cada golpe de tortura que eu infliji.
Raramente eu tomo para mim mesmo a tarefa de distribuir tal castigo físico, mas esta
noite um desejo desenfreado me levou até lá. O peso da responsabilidade que passei ao
longo do ano passado, chegou à superfície e a um grau irrefutável. Esse traidor
simplesmente deu-me razão para limpar minha frustração a tanto tempo guardada.
O autor da infração em causa foi aclamado uma vez por ser um soldado leal e afiado.
O Capitão no comando do bloco, Enzen, muitas vezes foi elogiado como pródigo soldado
com sede de combate. Ao longo de seus onze anos dentro da minha organização, Koslief
obedientemente fez tudo o que era especificado e com exatidão.
Para tentar explicar como seu compromisso com esta família era profundo, depois de
apenas dezoito meses em sua posição ele foi promovido. No entanto, fui eu quem ordenou
seu avanço.
O abominável choque em descobrir que este homem é um conspirador, colaborando
contra a irmandade em si, veio com várias perguntas importantes. Se estas perguntas não
forem respondidas, se o nome da pessoa que lançou Enzen contra seus próprios não for
pego, tudo que meus homens trabalharam para conseguir através do território até agora
não significaria nada.
"Você estava planejando assumir um dos meus estábulos, Enzen?" fervo, levantando
o chicote antes de cortar outra marca dentro da carne do peito do meu prisioneiro. Sua
mandíbula aperta e sua cabeça se eleva quando a dor inevitavelmente ecoa por todo seu
corpo.
"
"Diga-me, Enzen, quem o coagiu a considerar um ato de traição contra si próprio?"
Eu pressiono, controlando meu temperamento, então ele pode compreender claramente a
minha pergunta. Ainda tão devagar e com calma atenciosa, informo, "A misericórdia que
você me implorará está subordinada à sua resposta."
Quando nenhuma resposta é oferecida, coloco o chicote agredido em cima de uma
mesa de metal, liberando meu alcance para o próximo instrumento de tortura.
Justo dizer que Enzen já está muito trabalhado.
O traidor já tinha chegado a reconhecer que seu último suspiro era para ser executado
"Você tem algo a dizer?" Pergunto meio que esperando o nome da pessoa que desejo
tanto que caia da boca de Enzen. A outra metade pede-lhe para permanecer quieto, para
que ele morra um homem leal, mesmo que sua lealdade seja para um traidor muito
parecido com ele mesmo.
"Diga à minha família que eu os amo." A voz de Enzen solicita com tristeza,
enquanto olho a haste preta aquecendo aos meus pés. "Diga-lhes que escolhi minha família
primeiro." ele implora.
Família primeiro.
"Você os ama?" Eu pergunto.
"Sim." ele suspira.
"Você selou o destino deles fazendo o que você fez, Enzen."
"Não." ele nega, compreendendo minha intenção.
Ele deveria entender, sendo que ele testemunhou isso antes.
"Eu vou vendê-los para pagar o que me custou sua traição. Você não os ama, em
tudo."
Inclino-me para agarrar o ferro em brasa com a letra 'Z' no seu final, eu considero a
ironia de que não só estou pronto para acabar com minha primeira vida, mas que a vida
que eu estou prestes a tomar, pertence a um dos meus.
Carrancudo com a pqequena dúvida, eu pressiono para frente, segurando a vara preta
firmemente. Muitas vezes este instrumento é usado para marcar um homem, não importa
se ele for deixado vivo ou morto. Mentirosos, trapaceiros, ladrões e traidores recebem a
mesma marca reconhecível. Se eles são deixados para viver, eles vão se lembrar de o que
fizeram para merecer a cicatriz em seu estômago. Se eles estão mortos, aqueles que os
encontrar e enterrar, também vão saber.
Uma vez reto, lancei um vislumbre confiante a Abram. Encontro meu conselheiro de
confiança de cabelos escuros, ombros largos, atrás de mim como ele sempre faz — com
lealdade, compreensão e segurança.
Abram acena de um modo quase malcriado, assegurando sem palavras o que vai
acontecer.
Uma importante mensagem deve ser enviada para os outros.
Um aterrorizante conhecimento deve ser decretado.
Um aviso crítico enviado para que todos possam receber.
Não há nenhum substituto em punição para aqueles que enganam. Sem perdão
oferecido para aqueles que são vítimas de sua própria fraqueza. E sem laços de lealdade
resistentes o suficiente para exonerar tal traição premeditada.
A verdadeira família da nossa organização, deve sempre vir em primeiro lugar.
"Papai?" Uma pequena voz penetra a sala, puxando-me de terminar minha vingança
planejada.
Quando me viro no lugar, eu examino uma criança pequena, que tem que ter em torno
de cinco anos de idade, em pé na porta. Seus dedos estão segurando o puxador prateado, e
o seu pequeno corpo permanece imóvel e estoico.
Uma garotinha.
Uma vítima desamparada que será deixada para sofrer em uma guerra entre as
famílias desta cidade.
Uma criança pequena, olhos verdes, em pé sozinha, mas aparentemente sem medo,
cerrada por monstros, mascarados como homens.
Com os pés descalços batendo no chão sujo um após o outro, ela corre cada vez mais
rápido para chegar mais perto. Na tentativa obstinada de salvar seu pai, ela chora em gritos
de terror, perfurando cada orelha que ela passa.
"Papai! Papai, não!"
Quando ela começa a correr por mim a caminho dele, deixo o ferro em brasa e dobrome
rapidamente para passar meu braço ao redor de sua cintura fina. Ela não pesa nada, e
mesmo com nenhuma esperança de escapar, o seu corpo continua sua luta para ser livre.
"Acabe com isto." ordeno a Abram, ao mesmo tempo lutando contra seu desespero
para segurá-la próximo ao meu lado. Ela continua chutando e gritando, desencadeando
seus medos de uma única maneira que uma garota da idade dela sabe.
"Por favor!" ela implora, chorando e usando as unhas para destruir minha pele. Suas
mãos pequenas apertam contra meu braço, enquanto suas pernas açoitam contra minha
coxa.
"Papai!" chora de novo.
O gemido de Enzen de angústia, uma mistura incoerente com seu voto sincero de
amor proclamado por esta criança. Uma parte da mesma família que ele proclamou amar.
No momento em que viro as costas sobre o que eu comecei a vida que eu achava que
conhecia pisca diante dos meus olhos, minha mente com a dúvida plantada e afunda meu
peito com pesar. O fedor da morte iminente banha-me quando eu dou um passo fora da
sala com ela nos meus braços.
Um vislumbre da vida intocada por morte embarca quando ela finalmente sucumbe e
aguarda mais calma, aparentemente com esperança de ver seu pai novamente.
Quando outro de seu angustiante soluço se lança contra meu ombro, tudo que já
pensei que eu acreditei, se revela. Com seu corpo tremendo em seu luto identificado,
minha mente forte e espírito solene desiste.
Quando a voz dela quebra, o chamando mais uma vez, minha vontade de tirar a vida
de um homem rapidamente se desvanece.
Começo a duvidar da posição da minha vida e o seu propósito.
Pensamentos de triunfo e sucesso já não parecem vitais.
Pela primeira vez, meu coração se parte por outro, que inevitavelmente vai perder.
E quando a linda garota com cabelo branco nevado e olhos verdes impenetráveis
pronuncia meu nome em uma maneira que nunca ouvi dizer antes, uma sensação escura de
incerteza expressa sua penitência.
Nas sombras caóticas da minha consciência, a voz me diz que essa garota vai servir
como um nó que ata-me para um futuro que vou um dia me arrepender.